Na sua intervenção, Fátima Jardim destacou a importância de criar programas específicos que garantam a participação activa dos povos autóctones, promovendo emprego inclusivo e produção sustentável. Sublinhou ainda que os direitos fundamentais dessas comunidades devem ser tratados como parte essencial da justiça social e climática, assegurando retribuição justa pelo papel que desempenham na preservação dos ecossistemas.
A responsável lembrou que os povos indígenas são “guardiões genéticos da diversidade biológica e cultural”, desempenhando um papel crucial na criação de zonas de biosfera e na preservação das variedades tradicionais.
Através das suas práticas agrícolas sustentáveis, referiu Fátima Jardim, essas comunidades protegem as espécies locais, favorecem a regeneração natural e valorizam os recursos biológicos, contribuindo de forma decisiva para a conservação da biodiversidade e para a adaptação às alterações climáticas.
A intervenção da embaixadora reforçou o compromisso da CPLP com a inclusão social e ambiental, num momento em que a FAO celebra oito décadas de trabalho em prol da segurança alimentar e da sustentabilidade global.