A atividade, realizada no âmbito de um programa de intercâmbio cultural, contou com a atuação de 30 alunos do pavilhão, que apresentaram uma combinação precisa de movimentos e técnicas com o uso de instrumentos contundentes — como lâminas, cassetes, matracas e espadas — em combates individuais e coletivos.
O apresentador, Wang Zhengyang, explicou que o Shaolin Kung Fu é um legado ancestral da China que continua a ser transmitido de geração em geração. Segundo ele, as crianças da região iniciam o estudo da arte marcial dos sete aos 16 anos, como parte integrante da formação educativa e espiritual.
Durante a sessão, Wang Zhengyang destacou ainda a recente criação da Academia Shaolin Kung Fu na Zâmbia, um espaço vocacionado para a formação de jovens africanos interessados nas artes marciais. “A academia pode acolher praticantes de vários países do continente, como Angola, África do Sul, Namíbia, Zimbabué e República Democrática do Congo”, referiu.
O mestre sublinhou que a prática regular do Kung Fu traz inúmeros benefícios, desde a melhoria da saúde e da boa disposição, até à segurança pessoal e coletiva. Acrescentou que a academia está representada em mais de 40 países e oferece mais de 700 estilos de artes marciais.
Dengfeng, cidade com cerca de 700 mil habitantes, é considerada o berço do Shaolin Kung Fu e abriga 25 escolas dedicadas à modalidade, que juntas somam mais de 80 mil alunos. Algumas instituições associam o treino físico à dimensão artística, por meio da Shaolin Zen Music Ritual, que combina movimento, ritmo e espiritualidade.
A demonstração contou com a presença de jornalistas do Centro de Formação de Jornalistas e de quadros do Ministério das Relações Exteriores de Países de Língua Portuguesa — entre eles Angola, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe —, bem como de centenas de visitantes internacionais que se preparam para participar no Fórum Internacional de Presidentes de Câmara sobre “Turismo Global”, a decorrer esta sexta-feira, nos arredores da cidade de Zhengzhou.