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Morte de Maria Luemba, de 17 anos, gera suspeitas de crime de ódio racial em Portugal

Redacção Chumbo Fresco - 13 Jul, 2025 21 Visualizações
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A família da jovem, de 17 anos, expressa profunda indignação com a atuação das autoridades, alegando que não teve acesso ao corpo nem recebeu informações claras sobre a autópsia. Além disso, surgem suspeitas sobre um vizinho, apontado por ter um histórico de ameaças e insultos, inclusive de teor racista, dirigidos à vítima e seus familiares.

A trágica morte de Maria Luemba, jovem angolana de 17 anos, continua a gerar comoção e levantar sérias dúvidas sobre a atuação das autoridades portuguesas. O corpo da adolescente foi encontrado no quarto da residência familiar, em Sever do Vouga, no dia 12 de junho, pelo irmão mais novo, de apenas seis anos. Maria apresentava sinais alarmantes: corda ao pescoço, ferimentos visíveis, mãos amarradas e vestígios de sangue.

Apesar das circunstâncias, a Polícia Judiciária (PJ) concluiu que não havia indícios de crime, encerrando o caso. A família, no entanto, afirma que nunca recebeu informações oficiais da PJ ou da Guarda Nacional Republicana (GNR), nem acesso ao relatório da autópsia. Diante da pressão pública, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou, na semana passada, a abertura de um inquérito formal, atualmente a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Aveiro.

As suspeitas da família recaem sobre um vizinho com histórico de ameaças e insultos, que teria sido retirado da região após o ocorrido. A avó de Maria, Beatriz Fernandes Ribeiro, denuncia o que considera ser um manto de proteção institucional em torno do principal suspeito, supostamente ligado a uma família influente local. Ela também lamenta a ausência de qualquer gesto de solidariedade por parte da Junta de Freguesia de Sever do Vouga.

O caso tem sido apontado como reflexo de falhas graves na proteção de vítimas vulneráveis, com denúncias ignoradas e sinais de impunidade. A deputada Eva Cruzeiro, do Partido Socialista, manifestou apoio à família e alertou para os riscos da normalização do medo, da insegurança e da negligência institucional em contextos de discriminação.

Crédito: Novo Jornal

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